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15 de fev. de 2012

80 ANOS do Voto FEMININO: Um momento mais para refletir



80 ANOS do Voto FEMININO
Um momento mais para refletir

Não podemos negar os avanços e conquistas.
Mas temos "ainda" muito pelo que lutar, são poucos os direitos e autonomia da mulher.

E para avançar é preciso reconhecer que vivemos em uma sociedade culturalmente machista, patriarcal e com uma educação sexista. onde os papeis ainda são predefinidos.
Meninas ganham bonecas, panelas e vassouras.
Meninos, carrinhos e ferramentas.
Meninos vestem azul e meninas rosa.
Brinquedos, apenas brinquedos, cores, apenas cores, mas com uma carga cultural intensa, onde define e ensina qual o papel social que cada um deve ocupar.
imposições com uma sutileza, que de forma implícita acabam por moldar o individuo.

É preciso refletir quanto ao papel e espaço que a mulher ocupa hoje.
sempre escutamos na mídia o quanto temos ocupado os espaços e cargos nas empresas, e na política.
Hoje temos uma presidenta, e diversos cargos de destaques ocupados por mulheres na política.
Um fato. Porém não falam que ainda somos minoria no parlamento e temos os salários mais baixos do mercado.
Sem falar do absurdo da violência contra a mulher, que cresce a cada dia.

Obtivemos grandes avançamos sim, porém, para se conquistar uma sociedade verdadeiramente democrática é preciso avançar muito mais.
É preciso que os movimentos que se dizem democráticos se mobilizem no sentido de engrossar a luta pelos direitos femininos. compreendendo que esta luta não é apensa das mulheres e sim de toda sociedade.

É necessário que os Partidos Políticos construam propostas para a inclusão da mulher no cenário político.
tivemos um grande avanço sim, que é a:
Cota de 5% dos recursos partidários que devem ser destinados a formação politica das mulheres.
Também temos a cota de 10% do horário partidário, para que tenham garantido seu direito de participação.

Mas sabemos que não bastam as cotas se não existirem ações concretas de inclusão da mulher no cenário politico.
Não somos vasos de planta para enfeitar mesas de debates e o parlamento.
queremos ocupar o espaço por competência.
O que nos faltam são oportunidades e investimento para que possamos competir por igual.
Somos a maioria do eleitorado, porém a minoria no parlamento, oque significa que as decisões quanto aos direitos e lutas femininas ão tomadas pela maioria masculina.
As bancadas não nos representam de fato, o que torna nossa luta lenta e desigual.

Precisamos aprofundar a discussão, tratar o tema com a seriedade que merece.

Não queremos APENAS flores no dia 8 de março
Queremos nossos direitos e espaço político garantidos.

Luciana Santos
15-02-2012